Ponte Rio-Niterói 50 anos, conectando historias
Desde 4 de março de 1974 a Ponte Rio-Niterói passou a conectar não só duas cidades, mas também a promover encontros e reencontros, despedidas e conquistas.
Mais do que uma das maiores obras de engenharia do mundo, ela é símbolo de união, progresso e desenvolvimento.
Com 13,2 km de extensão, a Ponte facilita o acesso entre o Rio de Janeiro e Niterói, reduzindo o tempo de viagem, e serve como uma importante rota de escoamento de produção para a Região dos Lagos, litoral norte fluminense e outros estados.
Em seu aniversário de 50 anos, convidamos você a conhecer a história da Ponte e das pessoas que fazem parte dela.
Acesse aqui o livro em comemoração aos 50 anos da Ponte Rio-Niterói.
Curiosidades sobre a ponte Rio-Niterói
Maior do Mundo
Com 13,29 km de extensão, sendo 8,83 km deles sobre a água, seu Vão Central é o maior em viga reta contínua do mundo, com 300 metros de comprimento e 72 metros de altura, totalizando 1.152 vigas. Esse recorde dificilmente será superado, pois esse tipo de estrutura praticamente não é mais utilizada.
Top 3
Quando inaugurada, era a terceira maior ponte do mundo, atrás apenas da Ponte do Lago Pontchartrain, em Louisiana, com 38 quilômetros, na Costa Leste dos EUA, e a Chesapeacke Bay Bridge, na Virgínia (também nos EUA), com 29 quilômetros. Hoje, ocupa o 23º lugar no ranking internacional de extensão, embora continue sendo a maior do Hemisfério Sul.
Cidade temporária
Durante a construção da Ponte, foi criada uma cidade na Ilha do Fundão. Administrada por uma espécie de prefeitura, ela tinha alojamentos para 2.500 pessoas. Os trabalhadores contavam com ambulatório, supermercado, banco, dentista, barbeiro, escolas, restaurantes e até linhas de ônibus gratuitas.
Visita Real
Em sua única visita ao Brasil, a Rainha Elizabeth II e do Príncipe Philip, duque de Edimburgo participaram da cerimônia de inauguração da placa que anunciava o início das obras em 9 de novembro de 1968.
2 horas
Antes da inauguração da ponte, quem quisesse fazer a travessia Rio-Niterói de carro precisava dar a volta na Baía de Guanabara ou pegar uma barcaça, que transportava 54 veículos por vez. Entre esperar na fila, embarcar, atravessar e desembarcar o veículo, a viagem pelo mar demorava até duas horas.
50 anos de histórias
Sua história
Eliete Marcelino De pai pra filha
“Meu pai, Pedro Marcelino Dias trabalhou na construção da ponte e sempre contava várias histórias sobre esse tempo. Nasci em Nova Iguaçu em 1978. Em 2001 comecei a estudar na UFF e por cinco anos atravessei a ponte 'que papai ajudou a construir' para estudar. Desde 2007 moro e trabalho em Niterói e toda vez que passo pela ponte continuo contando aos meus filhos as histórias que papai contava. Viva os trabalhadores martirizados nessa construção!”
Fabiana Amor da vida
“Boa tarde
Meu nome é Fabiana, trabalhei na Ponte Rio Niterói CCR na época e conheci meu esposo Rogério Mendes também trabalhando.
Ele me deu o maior presente da nossa vida que é nosso filho Arthur de 11 anos.
Em dezembro de 2024 completamos 15 anos juntos
E esse ano também ele completa 24 anos de trabalho na Ponte Rio Niterói ”
Luiz claudio Minha princesinha ponte rio niteroi
“Comecei em 2003 prestando serviços pra ponte ,mais o sonho era ser efetivado na concessionária, e em 2014,entrei pra ecoponte um sonho Realizado que começou, por conta de ser apaixonado pela ponte rio niteroi,e essa é a minha história com a ponte”
Anderson de Oliveira Santana A luz amarela
“Todas as férias de final do ano meu pai levava agente para o Espírito santo que a família e de lá, íamos de combi no banco de trás ele colocava colchão e virava uma grande cama na época tinha 7 anos hoje tenho 47 quando subia a ponte entrava uma luz amarela dos guindaste eu ficava admirando na grande reta saudades deste tempo.”
Marcia Nova Bendito engarrafamento!
“10 de maio de 1988.Eu voltava da faculdade em greve.Ele matando aula da sua faculdade.
Ponte parada.Eu o vi. 2 carros atrás de mim.Ele saiu do carro para ver a extensão do engarrafamento.Ele passou por mim.Eu o segui.Ele ia para um lado eu ia.Mudava de faixa,eu tbm.No final da ponte ele desacelerou e apontou para São Cristóvão.Eu ia para Copacabana.Dei tchau e fui.No viaduto Paulo de Frontein ele surgiu do meu lado.Buzinou e foi na minha frente até depois do túnel Rebouças. Paramos.Trocamos telefones e nomes. Nos casamos 9 meses depois. 35 a”
Evelyn Pai, a gente vai passar debaixo da ponte??
“Uma lembrança que eu tenho que, quando criança, as vezes nos dias de domingo, a gente ia pra Paquetá à passeio, e uma das coisas que meu pai falava pra chamar minha atenção, era que iriamos passar por debaixo da maior ponte que ele já tinha visto! O passeio pra Paquetá era legal, mas o que eu esperava de verdade era passar por debaixo da maior Ponte que meu pai falava. A Ponte Rio Niterói. Então sempre que meu pai falava, vamos a Paquetá eu perguntava: pai a gente vai passar debaixo da ponte?”
Mônica Jares Alves Silva Recomeço
“Em 1986 vim de São Paulo morar com minha família em Icaraí -Niterói.Estava muito triste ao deixar tudo para trás, mas ao atravessar a Ponte pela primeira vez, fiquei fascinada pela beleza daquele dia.Naquele momento, tive certeza, que seríamos felizes no novo lar. Por isso, a Ponte tem muito significado na minha história.”
Victor Pereira Relacionamento através da Ponte
“Dia 13 de maio de 2017, atravessei a ponte pela primeira vez dirigindo, foi o dia em que saí com minha atual esposa pela primeira vez, ela morava em Botafogo e eu em São Gonçalo, foram anos cursando a ponte pra se ver. Obrigado Ponte Rio-Niterói
Hoje almejo fazer parte da equipe Eco Ponte 💚”
Yasmin Uma infância e um sonho.
“Na minha infância enquanto assistia jornal antes de ir para a escola, passava notícias do trânsito no Rio e sempre que passava a filmagem da Ponte Rio-Niterói, ficava impressionada e me imaginava trabalhando por lá. Hoje, aos 23 anos, consegui realizar esse feito e espero fazer ainda mais parte dessa história por um longo tempo.”
Victor Gerações
“Meu avô trabalhou na construção e anos depois ficou super emocionado quando quando comecei a trabalhar na Ponte. Ele sempre contava histórias das pessoas falando que não daria certo e hoje podemos ver a Ponte ajudando milhares de pessoas todos os dias e eu também faço parte dessa história.”
Ana Chaves Construção da Ponte
“Olá!
Meu avô trabalhou na construção da Ponte. Ele sempre nos contou histórias com muito orgulho. Minha avó tem/tinha até pouco tempo algumas coisas que ele levava para o trabalho nesta época. Hoje, ele é falecido, mas temos muitas histórias em nossa família, e orgulho da participação dele neste momento histórico de nosso país. ”
Rosângela Mieiro Carro novo
“Meu padrinho comprou um carro novo para cruzar essa ponte maravilhosa e assim fizemos,foi a ida e volta mais maravilhosa em um ponte...a nossa ponte Rio Niterói.”
HORÁCIO DE SOUZA CORRÊA Fatos de alguém que trabalha na Ponte e Ama oque faz.
“Me chamo Horacio e trabalho no RESGATE da mesma e me orgulho disso. Fato marcante é ter feito um Comboio com Buzinaço para um cliente que tinha feito a última Quimioterapia. Marcante pois perdi minha irmã e não pude fazer a mesma homenagem para ela. E trabalhar no mesmo lugar que minha esposa e poder atuar juntos Salvando vidas não tem preço. Uma honra fazer Parte dessa família ECOPONTE.”
rosinete marcelino Ponte faz parte da minha história
“Meu pai nasceu em SC e veio para o Rio trabalhar na construção da ponte.
Ele trabalhou do início ao fim da construção.
Ele sempre contava as histórias da construção e até hoje tenho fotos que ele tirou lá na época da construção.
Na corrida da ponte ano que vem quero participar e fazer uma homenagem ao meu pai
Pedro Marcelino herói da ponte ”
Conte sua história
Linha do tempo
1835
O primeiro serviço de transporte regular entre o Rio de Janeiro e Niterói passa a ser feito por barcas a vapor inglesas da Companhia de Navegação de Niterói, com capacidade para cerca de 300 pessoas. As viagens são feitas de hora em hora, com duração de 30 minutos.
1876
D. Pedro II concede a Hamilton Lindsay Bucknall o privilégio para a “construção, uso e gozo de um túnel submarino” que comunicasse a capital do Império com a cidade de “Nictheroy”. Lindsay publica o projeto em Londres, mas não consegue financiamento para executar o empreendimento.
1943
O deputado Duarte de Oliveira defende a construção de uma ponte que tivesse como bases extremas os pontos do Gragoatá, em Niterói, e o Calabouço, no Rio de Janeiro. Mas não consegue convencer a maioria das autoridades, que preferiam um túnel.
1952
O Congresso Nacional aprova e torna pública a lei de número 1.793, que autorizou o lançamento de uma licitação para construir um túnel entre o Rio de Janeiro e Niterói. A obra seria edificada sob regime de concessão.
1953
O Ministério da Viação e Obras Públicas assina contrato com a empresa francesa Études et Enterprises para elaborar o projeto do túnel subaquático que ligaria a Praça Mauá (RJ) à Avenida Feliciano Sodré (Niterói). A opção Gragoatá-Calabouço foi abandonada devido à proximidade com a pista do Aeroporto Santos Dumont.
1961
As propostas para a construção do tão sonhado túnel são abertas em junho. Mas, como só a firma portenha Sailav apresentou uma proposta de um traçado que ligaria Gragoatá ao Calabouço, a Comissão de Licitação sugeriu anular a concorrência.
1963
O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem anula a licitação para a construção e exploração do túnel entre o Rio e Niterói, pois considerou que a empresa Sailav não estava capacitada. O Conselho Nacional de Transportes cria uma comissão para análise e estudo da ligação entre as duas cidades. Pela primeira vez, a opção da ponte ganha atenção.
1965
A portaria número 5 institui um grupo com representantes do Ministério da Viação e Obras Públicas, do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, do Estado-Maior das Forças Armadas e dos governos dos estados, e eles apresentam um parecer para o governo criar a Comissão Executiva da Ponte Rio-Niterói.
1967
O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem assina contrato com um consórcio de quatro empresas, entre brasileiras e estrangeiras. As companhias nacionais elaboram um estudo de viabilidade técnica, cabendo a cada empresa trechos em concreto, serviços elétricos, as infra e mesoestruturas de sustentação e estudos referentes ao tráfego.
1968
É publicado o edital de concorrência para a construção da Ponte Rio-Niterói. O vencedor da licitação foi o Consórcio Construtor Rio-Niterói. O Ministro dos Transportes, Mário Andreazza, lança a pedra fundamental da Ponte Rio-Niterói, com a presença da Rainha Elizabeth II e do Príncipe Philip, Duque de Edimburgo.
1969
Inicia-se a construção da Ponte, com a participação de centenas de engenheiros, técnicos e operários, e a mobilização dos equipamentos chamados “ilhas flutuantes”, para a confecção das fundações do trecho sobre o mar.
1970
São construídos tubulões que seriam preenchidos em seguida por concreto submerso por alguns dos 10 mil trabalhadores que atuaram na obra. Esse processo se repetiu nos anos seguintes da construção, nos 103 pilares duplos do trecho marítimo da Ponte.
1971
Fase de edificação do trecho sobre o mar, a partir das primeiras aduelas de apoio. As peças eram fabricadas na Ilha do Fundão e transportadas em uma balsa. É criada a ECEX - Sociedade Anônima Empresa de Construção e Exploração da Ponte Presidente Costa e Silva -, que, após a inauguração, se torna uma empresa de engenharia e construção de obras especiais.
1972
Início da construção da praça do pedágio em Niterói. Para permitir a passagem de embarcações de grande porte, foi necessário construir um vão de 300 m - o maior vão livre do mundo em viga reta contínua - e dois adjacentes, de 200 m cada, com 60 m de altura sobre o nível médio do mar.
1973
Fundações e pilares avançam pela baía entre 1969 e meados de 1973, resultando em 1.138 tubulões que sustentam 103 pares de pilares no trecho sobre o mar.
1974
A Ponte Rio-Niterói é oficialmente inaugurada! A grandiosa obra resultou na terceira maior ponte do mundo à época, reduzindo uma viagem de horas a minutos.
1995
A Ponte Rio-Niterói torna-se a primeira grande estrutura rodoviária concedida para o setor privado, na primeira etapa do programa de concessões de rodovias federais, que contemplou ainda trechos como a Presidente Dutra (que liga o Rio a São Paulo), a Rio-Juiz de Fora e a Rio-Teresópolis.
2004
Implantação do sistema Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS) no interior do Vão Central, para reduzir as oscilações que ocorriam sob fortes ventos.
2008
Construção de Bases Operacionais avançadas suspensas nos trechos de subida no Vão Central, em ambos os sentidos, para que os veículos possam parar em segurança em caso de emergências ou pane.
2009
Implantação de uma quarta faixa de rolamento em cada sentido para melhorar a fluidez do trânsito.
2015
A Ecoponte inicia sua jornada como nova concessionária da Ponte Rio-Niterói, assumindo o compromisso de realizar importantes investimentos na rodovia.
2016
A praça do pedágio é ampliada e são realizadas melhorias como a antecipação da iluminação de LED, instalação das lamelas antiofuscantes, entre outros.
2017
É inaugurado o Mergulhão da Praça Renascença, que visa otimizar o fluxo de veículos no local. No mesmo ano, duas novas Baias Operacionais são implantadas nas laterais das pistas de ambos os sentidos junto à reta do cais.
2020
A Ecoponte entrega a alça de ligação da Ponte com a Linha Vermelha, um viaduto de 2,5 km de extensão que desafoga o trânsito na região central do Rio.
2021
A Avenida Portuária é inaugurada, uma nova via expressa exclusiva para veículos de carga na cidade do Rio.
2024
A Ponte Rio-Niterói completa 50 anos com muitas melhorias e histórias de vida.